O uso de tecnologias da informação e comunicação em áreas rurais é suficiente para a educação continuada?
Palavras-chave:
Telessaúde, Saúde da População Rural, Gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação em SaúdeResumo
Objetivos: Esta pesquisa teve o intuito de avaliar o uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) por profissionais de saúde do interior do Ceará. Materiais e Métodos: Estudo transversal, no qual foram aplicados questionários para profissionais de nível superior da Estratégia de Saúde da Família de quatro municípios cearenses vinculados a uma universidade privada pelo internato rural. Resultados: Uma amostra de 72 enfermeiros, dentistas e médicos responderam o formulário. A maioria dos profissionais utilizam diferentes recursos tecnológicos para uso pessoal e para atividades profissionais. O telefone celular é a forma mais comum de TIC utilizada na prática profissional (61%). O uso recreacional da Internet (96%) é maior do que como parte da prática clínica diária (37%), assim como o e-mail (90% versus 38%). Apenas alguns (17%) têm acesso à Internet no local de trabalho e a maioria (60%) precisa viajar pelo menos 30 minutos para ter acesso à Internet. Daqueles que têm acesso à Internet no local de trabalho, 91% utilizam para atividades de autoaprendizagem ou de ensino. Conclusão: Nossos dados apoiam a ideia de que somente o acesso aos recursos tecnológicos não é suficiente. Os dispositivos móveis parecem, no momento, oferecer vantagem de acessibilidade para este grupo.
Referências
Sargeant JM. Medical education for rural areas: Opportunities and challenges for information and communications technologies. J Postgrad Med [serial online] 2005 [cited 2012 Mar 18];51:301-7. [http://www.jpgmonline.com/text.asp?2005/51/4/301/19244]
Filho EDC. Telessaúde em apoio à Atenção Primária à Saúde no Brasil. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, [S.l.], v. 3, n. 11, p. 210-215, Nov. 2010. ISSN 2179-7994. Disponível em: http://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/227>. Acesso em: 06 Dez. 2013. doi:10.5712/rbmfc3(11)227.
Ministério da Saúde. Portaria nº 2.546, de 27 de outubro de 2011. Redefine e amplia o Programa Telessaúde Brasil, que passa a ser denominado Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes (Telessaúde Brasil Redes). Brasil, Diário Oficial União. 28 out 2011; N. 208; Seção 1; p. 50-51.
Portal da Transparência. Detalhes do Convênio: 667899. Brasil. Controladoria-Geral da União. Acesso em: 8 jul. 2012. [http://www.portaltransparencia.gov.br/convenios/DetalhaConvenio.asp?CodConvenio=667899&TipoConsulta=0].
Portal da Transparência. Detalhes do Convênio: 663794 Brasil. Controladoria-Geral da União. Acesso em: 8 jul. 2012 [http://www.portaltransparencia.gov.br/convenios/DetalhaConvenio.asp?CodConvenio=663794&TipoConsulta=0].
Lewis T, Synowiec C, Lagamarsino G, Schweitzer J. E-health in low- and middle-income countries: findings from the Center for Health Market Innovations. Bulletin of the World Health Organization 2012;90:332-340. doi: 10.2471/BLT.11.099820.
Chang LW, Mwanika A, Kaye D, Muhwezi WW, Nabirye RC, Mbalinda S, et al. Information and communication technology and community-based health sciences training in Uganda: perceptions and experiences of educators and students. Inform. Health Soc. Care [Internet]. 2012 Jan [cited 2012 Mar 22];37(1):1–11. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21332303
Mugisha JF. Using information and communication technology to revitalize continuing professional development for rural health professionals: evidence from a pilot project. Rural Remote Health. 2009;9(4):1222.
Oliveira MH De, Gonçalves DU. Videoaula ou Teleconsultoria no Aprendizado em Otorrinolaringologia do Médico de Família. Rev Bras Educ Med. 36(4):531–5.
